Em SP, servidores federais param 60% das superintendências da capital

15/10/2009 - 20h15

Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os servidores públicos federais em São Paulo fizeram uma paralisação de advertência hoje (15) em dez órgãos federais. De acordo com o sindicato da categoria, aproximadamente 60% dos servidores no estado aderiram à manifestação, que está prevista para ocorrer também amanhã (16).A Delegacia Regional do Trabalho (DRT), do Ministério do Trabalho e Emprego, foi o local onde ocorreu a maior mobilização. Também na Advocacia-Geral da União (AGU) houve manifestações em apoio à greve de advertência. Segundo o sindicato, servidores recém-contratados por concurso público nesses órgãos já estão deixando seus cargos devido aos baixos salários.“Nós estamos preocupados. Logo, no DRT não vai ter mais condição de trabalho. Cerca de 25% dos trabalhadores que ingressaram recentemente por concurso público já saíram, porque o mercado paga melhor", afirmou o diretor do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Federal do Estado de São Paulo (Sindsef-SP), Carlos Daniel Gomes Toni.Pela primeira vez em São Paulo, servidores do Ministério da Fazenda aderiram à paralisação. Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que pedem 51% de reposição salarial; da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que pleiteiam a implementação da aposentadoria especial e melhoria no plano de carreira; do Ministério da Ciência e Tecnologia, que também protestam por um plano de carreira melhor; e do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) aderiram à greve de advertência.Os empregados do Ministério da Cultura, do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) também participam da mobilização em São Paulo.