Stephanes defende plantio direto para reduzir emissão de gases causadores do efeito estufa

14/10/2009 - 15h24

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro daAgricultura, Reinhold Stephanes, defendeu hoje (14), na Câmara dosDeputados, a adoção do plantio direto como forma de reduzir aemissão de gases responsáveis pelo aquecimento global. De acordo com oministro, a agricultura é responsável por mais de 50% do efeitoestufa e, por isso, sua manipulação adequada precisa ser prioridade. Stephanes ressaltouque, nesse ponto, o Brasil já está colaborando para a redução doefeito estufa com o plantio direto da soja e do feijão, sistema que, segundo ele,pode abranger outras culturas nos próximos anos. Para ele, outromanejo importante é a fixação do nitrogênio nas colheitas e aeliminação das queimadas. "A terra é um depósito de carbono epode ser manipulada de forma mais racional."O país já tem umprojeto de desmatamento zero para a agropecuária, que, segundo oministro, é "bem construído e bem instrumentalizado". Jáfoi estabelecido o zoneamento para o plantio de cana, com restriçãoao desmatamento para essa cultura e para os projetos agropecuários.De acordo com Stephanes, a integração entre lavoura e pecuária éa prática que tem que ser seguida para reduzir a emissão de gasesna atmosfera.O ministro fez asdeclarações ao participar do seminário O Setor Sucroenergético eo Congresso Nacional: construindo uma agenda positiva, que estásendo realizado no Auditório Nereu Ramos, da Câmara dos Deputados. Organizado com o apoioda União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), das empresasMonsanto, Dedini, Basf e Sew Eurodrive e dos principais sindicatos deprodutores e fornecedores de cana da região Centro-Sul, o encontrofaz parte do Projeto Agora – Agroenergia e Meio Ambiente. Oobjetivo é conscientizar a classe política e a opinião públicasobre os benefícios das energias renováveis.