Indústria do petróleo teme que carga tributária tire competitividade de empresas nacionais

14/10/2009 - 18h14

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A indústria petrolífera brasileira está preparada para a demanda daexploração do petróleo da camada pré-sal, mas a alta carga tributáriado país pode atrapalhar a competitividade em relação às empresas internacionais. O alerta é do presidente da Organização Nacional dasIndústrias de Petróleo (Onip), Alfredo Renault, que participou da audiênciapública na comissão especial que analisa o projeto de exploração eprodução do novo marco regulatório, na Câmara, hoje (14). “Nosetor de petróleo temos uma grande assimetria tributária para osfornecedores de bens e serviços, além do problema que permeia todo osetor brasileiro empresarial, que é a alta carga tributária do país, quefaz com que o a nossa competitividade com os produtos importados possasofrer alguns problemas”, disse. Para Renault, outros problemas além da carga tributária também precisam sersolucionados para estimular os investimentos da indústria brasileira nopré-sal. “Devemos construir uma política setorial voltada à solução deproblemas tributários, de financiamento, de tecnologia que existe nosdiversos setores, para que essa grande oportunidade que é o pré-salpossa permear toda a cadeia produtiva, gerando emprego e renda”,afirmou. Apesar de garantir que a indústria petrolíferabrasileira está preparada para a demanda do novo tipo de exploração,Renault disse que quanto antes essa demanda chegar aos empresários,mais fácil será a adequação do setor. “Se a demanda vier num ritmomuito forte, a adaptação oferta/demanda poderá ter mais dificuldade. Mas o que nós precisamos é ter uma previsibilidade maior, com a antecipação da demanda para que possamos ter os investimentos necessários”, disse o presidente da Onip.