Adriana Nasser*
Enviada Especial
Milão (Itália) - Debateros efeitos da crise mundial e traçar caminhos para recuperaçãoeconômica global são os destaques da 14ª Conferência Mundial deInvestimentos da Waipa, que ocorre desde a última segunda-feira (12)em Milão (Itália). Com o tema Investimentos Globais: Desenhando o Mapa daRecuperação, o evento é promovido pela Associação Mundial deAgências de Promoção de Investimentos (Waipa, na sigla em inglês)e termina hoje (14).O objetivo principal é debater asoportunidades atuais de investimentos e as prospecções para o fluxode recursos estrangeiros diretos, em contraposição aodesaquecimento da economia mundial no cenário de crise global e seusefeitos.Participam do encontro representantes de mais de 150países, além de integrantes de agências de promoção deinvestimentos, empresários, representantes de governos e deorganizações do comércio. Dentre os palestrantes estão HansEichel, ex-ministro das Finanças da Alemanha; Josep Borrel,ex-presidente do Parlamento Europeu; Marco Stefanini, chefe executivoda Stefanini IT Solutions; e o economista Jacques Attali e ZbigniewHuckuba, vice-presidente do Banco Central da Polônia.Parao presidente da Waipa, Alessandro Teixeira, “não existe varinhamágica para solucionar a crise”. “Temos que criar saídas esoluções com o que temos de melhor”, acrescentou Teixeira, que também preside a Agência Brasileira de Promoção deExportações e Investimentos (Apex-Brasil). Umos debates mais acalorados foi o que discutiu se os governos devemfomentar a economia pós-crise. Alguns economistas apostam narecuperação com a ajuda do setor privado. Para o ex-ministro alemãoHans Eichel, o país só não entrou em uma “situação ruim pelaajuda que o governo deu ao setor automobilístico, ajudando nasexportações”.Na avaliação do presidente da Waipa, “osgovernos devem sim ter o papel de fomentar a economia, de preferênciaem parceria com o setor privado”. “Só assim, ganhandomercado, criando novos postos de emprego é que vamos voltar acrescer e continuar desempenhando o papel que temos hoje. Com a crisede alimentos de 2008, tivemos a certeza de que o Brasil está cadavez mais importante na escala global, somos hoje um dos principaisprodutores e exportadores de alimentos”, completou Alessandro Teixeira.AWaipa é uma associação não governamental criada em 1995 emGenebra (Suíça) que atua como fórum para agências de promoçãode investimentos, estimulando oportunidades de relacionamento efacilitando o intercâmbio de práticas bem-sucedidas e capacitaçãona promoção de investimentos. Atualmente, a organização conta com249 agências, que representam 157 países.