Brasileiros que vivem no exterior terão canal permanente com o governo federal

13/10/2009 - 20h05

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo federal quer estabelecer um contato permanente com os cercade 3 milhões de brasileiros que vivem no exterior na tentativa deatender a suas reivindicações e de melhorar sua qualidade de vida. A ideia éestabelecer um canal de negociações, com representantes dos dois lados,e concentrar as atenções em temas específicos que vão desde questõesprevidenciárias até de educação e saúde. O Itamaraty informou que nãohaverá distinção entre emigrantes legais e ilegais.“Não fazemosdistinção entre legais e ilegais que vivem no exterior. São todosbrasileiros que moram fora do país”, afirmou à AgênciaBrasil o diretor do Departamento Consulare de Brasileiros no Exterior do Itamaraty, embaixador Eduardo Gradilone. Ele coordena a 2ª Conferência das Comunidades Brasileiras no Exterior, que se realiza no Riode Janeiro até a próxima sexta-feira (16).No evento, autoridades dos ministérios das Relações Exteriores, da Cultura,da Previdência Social, da Secretaria-Geral da Presidência da República, daEmpresa Brasil de Comunicação (EBC), da Secretaria de Comunicação daPresidência e do Senado debaterão o tema com os representantes dosbrasileiros que vivem em diferentes países de cada continente. Gradiloneafirmou que é necessário observar que as realidades dos brasileiros noexterior são diferentes de uma região para outra. Os que vivem nosEstados Unidos não passam pelas mesmas dificuldades, nem têm asnecessidades daqueles que estão na faixa de fronteira do Brasil com oParaguai, por exemplo. “Durante a conferência, queremos colocar todosconversando e trocando experiências para verificar os avanços que cadaum obteve e o que é possível aperfeiçoar”, disse o diplomata.Naconferência, os participantes vão escolher 12 representantes dosbrasileiros que moram no exterior, que serão responsáveis pelainterlocução com o governo federal, apresentando reivindicações,queixas e soluções para as demandas. O objetivo, de acordo com oembaixador, é definir as prioridades para a execução dos projetos.Deantemão, foram definidos os seguintes temas: cultura e educação;trabalho e previdência; serviços consulares e regularização migratória;e representação política. Também foi incluída a questão da chamadadiáspora (dispersão) dos cientistas e juristas. Esse movimento envolveespecialistas que deixaram o Brasil e atuam no exterior, mas queremcompartilhar suas experiências profissionais.