Proposta brasileira sobre mudanças climáticas deve ficar pronta este mês

12/10/2009 - 10h24

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Aproposta brasileira para enfrentamento das mudanças climáticasdeverá estar pronta ainda este mês. O plano prevê que, até 2020, o desmatamento seja reduzido em 80%, o que vaipermitir que 4,8 bilhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) deixem de ser emitidas. Aproposta será apresentada na Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas, marcada para dezembro, em Copenhague (Dinamarca).O presidente LuizInácio Lula da Silva falou sobre o assunto em seu programa de rádio,Café com o Presidente. Ele disse que a ideia é fazer com que outrospaíses também participem da construção da proposta. “Queremosconstruí-la junto com outros países. Nós queremos ver o que que épossível tirar em Copenhague, como proposta, sobretudo, do mundodesenvolvido, para que eles assumam compromissos, não apenas paradiminuir as emissões, mas para que possam pagar pelo estrago que jáfizeram ao planeta”, disse.Lula afirmou que aproposta a ser construída deverá medir o quanto cada país emite degás, o quanto emitiu ao longo da sua história, e o quanto estácontribuindo para reduzir as emissões. “Porque aí você vairesponsabilizar cada país pelo estrago que ele fez e acabar com essadiscussão genérica, em que todo mundo quer ser tratado em igualdadede condições. Nós queremos que os outros países assumam aresponsabilidade”, disse.Em Copenhague, os 192 países-membrosda Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas terão que definirum novo acordo climático para regular as emissões de gases deefeito estufa após 2012, quando expira o primeiro período decompromisso do Protocolo de Quioto.“Se eles estãoemitindo muito gás de efeito estufa, terão de diminuir. Significadiminuir o padrão de consumo ou mexer em alguma coisa da produção.Se eles não quiserem fazer isso, vão ter que reflorestar o seupaís. Se eles não quiserem fazer isso, vão ter que pagar paraos países que têm matas, que têm florestas ainda, preservar e teruma compensação financeira por isso”, completou.