Consumidor tem que saber usar o cheque especial de forma "sadia", diz especialista

11/10/2009 - 11h45

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O consumidor deve se programar financeiramente para sair docheque especial, diz a técnica da Fundação de Proteção e Defesa do Consumidorde São Paulo (Procon-SP) Renata Reis. “O consumidortem que aprender a lidar com essa forma de crédito de forma sadia. Se nãohouver outra alternativa, precisa definir quando vai sair, ou seja, ele devese  programar financeiramente”, disse. Renata ressalta ainda que é preciso ter atenção ao contratofeito com o banco para verificar o valor da taxa cobrada. Além disso,diz a técnica, é preciso guardar todo o material de divulgação do banco que oferece as promoções,como aquelas em que não é cobrada taxa por um determinado período ou quando ainstituição oferece um desconto para os clientes que realizam outras operações,como os investimentos e seguros. Isso é importante, diz Renata, para o caso decobrar do banco o cumprimento da proposta apresentada. No caso de o cliente que queira encerrar o limite, énecessário negociar com o banco os valores devidos. “Se não conseguir negociaro débito, o cliente não pode exigir que o banco cancele essa linha de crédito.A cobrança diária de juros é uma forma de forçar o devedor a pagar. Ele não éobrigado a abrir mão dessa garantia”, disse Renata.A técnica do Procon ressalta ainda que o cliente quetiver o cheque especial cancelado sem aviso prévio, pode entrar na Justiça comuma ação por danos materiais, quando ocorre, por exemplo, a devolução de cheque por falta de fundos. O cliente pode ainda requerer que o limite seja novamente concedido até o fim do contrato.