Tesouro monitora fluxo de moeda estrangeira, mas acha natural interesse pelo país

07/10/2009 - 15h13

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Osecretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, disse hoje (7)que o governo está atento e tem acompanhado diariamente, pormeio do Banco Central, o volume de moeda estrangeira que entra nopaís. A maior preocupação, segundo ele, tem sidoas exportações. Deacordo com o secretário, esse trabalho de monitoramento é,na verdade, de rotina, no sentido de manter o fluxo de moedaestrangeira compatível com as necessidades da políticaeconômica do governo. “Isso é feito pelo Banco Centraldiariamente e vai continuar sendo feito”, disse.ArnoAugustin, porém, considera natural que o país, nasituação econômica em que se encontra e da formacomo tem saído da crise, atraia cada vez mais capital externo.Para o secretário, fica evidente que, diante da novarealidade, a mudança de postura trará efeitos para omercado financeiro.“Doponto de vista de médio e longo prazos, a situaçãoé favorável ao Brasil em termos de fundamento[econômico] e obtermos o nosso terceiro grau deinvestimento fortaleceu em termos de ser um país seguro erentável”, afirmou. Emcurto prazo, Arno Augustin acredita que a medida correta écontinuar a fazer esse monitoramento, para que sejam evitadas distorçõesna economia. Para ele, em longo prazo, o país tem que seadequar à situação decorrente do bom desempenhoeconômico. Quantoà arrecadação, que caiu em setembro pela décimavez, Arno Augustin disse que o Tesouro Nacional vê a situaçãocom certa preocupação devido aos efeitos da atividadeeconômica nos cofres do governo, mas defende que o importanteagora é trabalhar para que a economia cresça. “Nãoé hora para acharmos que o trabalho está concluído.Pelo contrário, estamos ainda trabalhando para que ocrescimento do país possa acontecer e as pessoas possam ter umano com algum crescimento e um bom ano, um excelente ano, em 2010”,enfatizou. Segundoele, a tendência da economia é positiva, mas nãoé hora declarar pronto um trabalho que ainda nãoterminou, de combater os efeitos da crise econômica mundial quehá um ano chegou ao Brasil.