Produtos artesanais são os mais procurados na Feira Nacional da Agricultura Familiar

07/10/2009 - 19h07

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os produtosartesanais estão entre os mais procurados na 6ª FeiraNacional da Agricultura Familiar que está sendo realizada noRio de Janeiro. A presença de associações deartesãos de várias regiões do país trouxepara o evento as mais variadas peças que chamam a atençãopela beleza e criatividade.É ocaso das bonecas de pano confeccionadas pela Associaçãode Artesãos de Riacho Fundo, no município de Esperança,na Paraíba. Fabricadas com matéria-prima local, asbonecas estão entre os produtos que mais chamam a atençãodos compradores. A associação trouxe 3 mil peçase, segundo o artesão Olavo Alírio, a expectativa éde vender tudo.

“Pelocomercial que a gente está tendo, é para nósvendermos tudo. E espero que a gente venda. A feira está muitobonita, muito estruturada", disse.

Alírioafirmou que as bonecas de Esperança já sãoexportadas há oito anos para a Alemanha, Itália e osEstados Unidos. No Brasil, o produto é comercializado,principalmente, para os lojistas, com o objetivo de revenda. “Éo [nosso] maior público comprador”, revelou.

Opreço das bonecas varia de R$ 2 a R$ 250 e, de acordo com oartesão, elas têm mais a função decorativa. Elas são compradas emespecial por hotéis e restaurantes, informou Alírio.Pela primeiravez participando da feira, a Associação Quilombo deCampinho, do município de Paraty (RJ), estácomercializando artesanatos fabricados com palha de taboa, cipóe taquara (bambu). A artesãoAdilza da Conceição Martins, remanescente dosquilombolas da região, disse que a ideia é fazer comque o artesanato de sua comunidade ultrapasse a fronteira doquilombo, alcançando novos mercados. “Nós temos umaloja lá no quilombo para mostrar aos turistas o nossotrabalho. A gente aceita encomendas e procura valorizar o nossotrabalho”, disse.

SegundoAdilza Martins, as artesãs são apoiadas pela Associaçãodas Comunidades Remanescentes de Quilombos do Estado do Rio deJaneiro (Aquilerj), que trabalha também com as comunidades deBracuí e Marambaia.