Petrobras vai investir na abertura de novas fronteiras exploratórias, diz diretor

07/10/2009 - 19h37

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, afirmou hoje (7) que a companhia considera fundamental a abertura de novas fronteiras exploratórias, na medida em que, desta forma, a empresa estará permanentemente alimentando o processo exploratório no país, com possibilidade de novas descobertas.Segundo Estrella, a programação de perfurações da estatal atender aos prazos de exploração definidos pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).“A abertura de novas fronteiras é fundamental para nós. As perfurações nas costas leste, nordeste e equatorial brasileira são decisões estratégicas da companhia, na medida em que nos leva exatamente a essas descobertas de novas fronteiras exploratórias”.Estrella admitiu que Petrobras não conseguiu, “por problemas mecânicos”, perfurar o primeiro poço na camada do pré-sal, na Bacia do Jequitinhonha, no litoral sul da Bahia. “Nós chegamos a explorar um poço no pós-sal da região, mas não obtivemos o resultado esperado, mas isto não interrompeu nossos planos e nós vamos perfurar um novo poço na região da camada pré-sal que apresenta boas perspectivas de se descobrir óleo”, disse o diretor.Ele considerou preferível não fazer comparações entre as bacias de Santos e do Jequitinhona. “Santos, do ponto de vista de área sedimentar, é uma bacia gigantesca. Se o pré-sal é uma coisa extremamente importante, mais importante é a revelação de uma enorme província de petróleo.”Estrella lembrou que, na Bacia de Santos, a Petrobras está produzindo no pré-sal e no pós-sal. “Temos o teste de longa duração de tiro que está previsto para começar até o final deste ano, no mais tardar início do próximo. É uma acumulação nova em termos de modelo geológico. De maneira que a Bacia de Santos foi, certamente, o grande acontecimento exploratório mundial desses últimos cinco anos.” Já em Jequitinhona, segundo ele, as bacias são menores, estreitas, “o que não quer dizer que elas não possam vir a ser bacias grandes produtoras de petróleo. Mas ainda que ela não seja semelhante em tamanho às bacias do Sudeste, ela é estratégica para o objetivo da Petrobras de, permanentemente, abrir novas fronteiras exploratórias."