Missão da OEA chega a Honduras para tentar pôr fim à crise

07/10/2009 - 14h50

Roberto Maltchik
Enviado Especial
Tegucigalpa (Honduras) - Adelegação de ministros de Relações Exteriores de 8 países da Organização dosEstados Americanos chegou há poucos minutos ao Hotel Clarion,onde ocorrerá a reunião com os emissários dopresidente deposto, Manuel Zelaya, e do presidente de fato, RobertoMicheletti, para tentar acabar com a crise que dura mais de cem dias.Adelegação é chefiada pelo secretário-geralda OEA, José Miguel Insulza e chega com a expectativa dedificuldade para obter o entendimento entre os dois líderes.Da embaixada do Brasil, o presidente deposto disse, depois da chegadada missão a Tegucigalpa, que espera voltar àpresidência antes de 15 de outubro. Já RobertoMicheletti aposta numa negociação que garanta apermanência dele no poder pelo menos até o dia 29 denovembro, data marcada para as eleições presidenciaisno país.Segundo oembaixador Brasileiro na OEA, Ruy Casaes, as duas partes têmestratégias próprias “que fazem parte do jogo”. “Afunção da comunidade internacional é auxiliar oshondurenhos a buscar o entendimento. Quando duas partes entram noprocesso de negociação elas entram com posiçõesextremas. O fato relevante é sentarem à mesa para quepossam chegar a um diálogo e uma solução.”Casaes, noentanto, reforçou que a comunidade internacional nãovai reconhecer as eleições, caso Zelaya não sejarestituído no poder. “Vários países jádisseram, de uma forma coesa, que não vão reconhecer osresultados das eleições se não tiver havido arestauração da ordem democrática, o quesignifica o regresso do presidente Zelaya às suas funções.”Adelegação da OEA negocia visitas ao presidente de fato,Roberto Micheletti, ao presidente deposto, Manuel Zelaya, quecontinua cercado pelos militares na embaixada brasileira no país.