CNA e Ministério da Agricultura firmam acordo de cooperação para ampliar Sisbov

07/10/2009 - 19h37

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro daAgricultura, Reinhold Stephanes, e a presidente da Confederação daAgricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu(DEM-TO), assinaram hoje (7) um acordo de cooperação para partilharresponsabilidades na operacionalização do Sistema deRastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos (Sisbov). Segundo a senadora, a CNA e o Ministério daAgricultura investirão cerca de R$ 12 milhões na ampliação doSisbov. Stephanes explicou que a confederação dará mais agilidadea setores em que o governo é menos eficiente. “É uma forma deapoio que vamos receber para os nossos trabalhos, principalmente emquestões operacionais em que o serviço público tem uma burocraciamaior, é mais lento e ineficiente, como no desenvolvimento desoftware, aquisição de equipamentos e até ajuda comprofissionais, quando precisarmos.”Kátia Abreu disse que o acordo foi comunicado aosorganismos da União Europeia que atuam na área e,“excepcionalmente”, aceito por todos. “É importante mostrar aomundo que estamos unidos, iniciativa privada e governo, dandogarantia, primeiro aos consumidores brasileiros, que consomem 70% doque produzimos, e aos consumidores internacionais, para quem vai 30%da nossa produção.”A senadora disse, no entanto, que a medida podelevar ao aumento do preço da carne. Segundo ela, como serãonecessárias mais pessoas trabalhando no processo produtivo, podehaver alguma influência no preço. O presidente da Federação da Agricultura ePecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Ademar Silva Júnior,destacou que a parceria público-privada firmada hoje pode resolverum problema de mais de dez anos.“É um avanço porque, pela primeira vez,estamos criando uma solução conjunta para resolver um problemaantigo, de mais de dez anos: não estávamos conseguindo garantir aconfiabilidade do produto brasileiro para a União Europeia”,afirmou o presidente da Famasul. No início do ano passado, a fragilidade do Sisbovfoi responsável pelo embargo que a carne bovina brasileira sofreu daUnião Europeia. Só então o programa passou a ser desenvolvido commais interesse dentro do governo, com treinamento de profissionais eauditoria das certificadoras. De acordo com Stephanes, as exportações para obloco europeu estão aumentando constantemente e alcançaram, nosúltimos três meses, um crescimento de 50% em relação ao trimestreanterior.