Gabrielli defende operação única da Petrobras no pré-sal

06/10/2009 - 17h25

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Diante de manifestantes da Federação Única dos Petroleiros queprotestavam em favor do monopólio da Petrobras sobre o pré-sal, opresidente da estatal José Sergio Gabrielli defendeu hoje (6) na Câmara dosDeputados o modelo de operação única enviado pelo governo aoCongresso.De acordo com Gabrielli, os benefícios de ter aPetrobras como operadora única na extração do petróleo são maiores queos riscos que ela enfrentará por ser obrigada a trabalhar com parceirosque não escolheu. “A Petrobras não é uma empresa de serviço. Ela é umaempresa de petróleo, ela trabalha com o conhecimento, com a tecnologia,ela sabe dizer como fazer, onde fazer, qual a melhor forma. Por isso aparticipação especial dela, porque ela não é uma empresa de serviço quevai lá só retirar o petróleo”, explicou Gabrielli. O modelo emque a Petrobras é operadora única, ou seja, coordena sempre ostrabalhos de extração no pré-sal em parceria com os consórcios queganharem as licitações, tem sido criticado por entidadesrepresentativas das empresas petroleiras privadas. Elas alegam que aestatal brasileira poderá ficar obrigada a atuar em campos que nãoseriam vantajosos, além do inconveniente de atuar comparceiros que não serão escolhidos pela estatal. O presidente daPetrobras também defendeu a constitucionalidade desse modelo, quedispensa licitação para a atuação da empresa, alegando que aConstituição prevê o monopólio estatal sobre os recursos mineraisconsiderados estratégicos. “Nossos juristas nos garantiram aconstitucionalidade. Agora, sempre podem haver questionamentos noSupremo”, afirmou.Gabrielli participou de audiência públicana Comissão Especial criada para analisar o projeto de produção epartilha enviado ao Congresso Nacional e que faz parte do marco regulatório dopré-sal.