OIT e Cepal preveem que desemprego na América Latina e no Caribe aumente 1 ponto percentual

01/10/2009 - 16h21

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O desemprego na América Latina e o Caribe deverá chegar a 8,5% em 2009, o que significaria que 2,5 milhões de pessoas ficariam sem emprego. A projeção é da OrganizaçãoInternacional do Trabalho (OIT) e da Comissão Econômicapara a América Latina e Caribe (Cepal), instituições que divulgaram hoje (1º) relatório sobre o tema. Em 2008, a taxa de desemprego ficou em 7,5% na região, uma variação de 1 ponto percentual. As entidadesconstataram que todos os países da América Latina e o Caribe mostraram quehouve redução da força de trabalho por causa dacrise econômica internacional. Além disso, houve queda noritmo de crescimento de trabalho assalariado em todos os paísesda região.De acordo com asentidades, a taxa de desemprego aumentou em nove dos 12 paísesdos quais há informações disponíveis.A Argentina, Barbados, o Brasil, Chile, a Colômbia, o Equador, a Jamaica,o México e o Peru registraram aumento no desemprego. JáTrinidad e Tobago e o Uruguai registraram reduçãona taxa de desemprego. A Venezuela manteve essa taxa. Apesar de todos ospaíses terem registrado aumento na taxa de desemprego, essemovimento se deu de diferentes maneiras em cada um deles,segundo as entidades. Essa diferenciação é maisclara quando se compara as maiores economias da região, Méxicoe Brasil. O México, quetem uma economia muito atrelada à dos Estados Unidos, sofreu impacto mais imediato da crise financeira, com reflexos no mercado de trabalho. De acordo com a OIT e a Cepal, não há sinais de recuperaçãotanto do mercado de trabalho, como da economia mexicana.No caso do Brasil, osefeitos da crise econômica foram menores, na análise das duas instituições. Houve um crescimento, no primeiro semestre, no número deassalariados e de empregos com carteira assinada. As entidadesdisseram, ainda, que os dados mais recentes mostram que a produçãoindustrial está em processo de recuperaçãomotivada pelas políticas fiscais e monetáriasanticíclicas.Mas, para a OIT e a Cepal, essa melhora no crescimento econômico não vaiprovocar, no curto prazo, um aumento na geração deempregos, pois isso se dará de maneira gradual.