Empresa francesa busca parceiros no Brasil para fabricar caça Rafale

01/10/2009 - 20h08

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O vice-presidente daDassault, Eric Trapier, afirmou hoje (1º) que a empresa,responsável pela produção do caça Rafale, está buscandoparceiros no Brasil para uma eventual fabricação da aeronave nopaís. A França participa, ao lado dos Estados Unidos e da Suécia,da concorrência para a venda de 36 aviões de combate para o governobrasileiro.Trapier destacou que jáhá diálogos com 16 empresas brasileiras para o repasse detecnologia para a produção da parte elétrica e das turbinas noBrasil. No entanto, ele observou que o país precisa oferecercondições econômicas e técnicas para a fabricação.O francês acrescentou,durante reunião na Comissão de Relações Exteriores (CRE) doSenado, que o repasse dos códigos-fonte de todas as partes do caçafrancês permitirá ao Brasil não apenas fabricar o Rafale comotambém aprimorá-lo e vendê-lo "melhorado" a países daAmérica do Sul.O senador EduardoAzeredo (PSBD-MG), presidente da CRE, apontou o repasse de tecnologiae a possibilidade de fabricação no Brasil como um dos pontosessenciais para o país na escolha do fabricante dos caçassupersônicos a serem adquiridos pela Força Aérea Brasileira (FAB).Os três países concorrentes anunciaram que pretendem repassar atecnologia ao Brasil.Apesar do Senado nãoter poder para influenciar na decisão do governo para compra dasaeronaves, Azeredo classificou como positiva as reuniões comrepresentantes franceses, norte-americanos e suecos. “Não vamosopinar se é um [país] ou outro, mas temos que saber o que seestá comprando”, observou o senador mineiro.O tucano acrescentouque o governo brasileiro precisa consertar o que considera ummal-estar criado após o anúncio, feito pelo presidente Luiz InácioLula da Silva, de que o avião francês era o escolhido. Contudo,Azeredo não vê problemas se o escolhido, após analises técnicas,for mesmo o Rafale.