Aprovação do nome de Toffoli agrada a ministros do STF

30/09/2009 - 21h13

Marco Antonio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Aaprovação na noite de hoje (30), pelo Senado Federal, da indicação do advogado-geral da União, José Antonio Dias Toffoli, para o cargo de ministro doSupremo Tribunal Federal (STF), na vaga aberta com a morte do  ministro Menezes Direito, foi considerada justa e bem recebida pelosintegrantes da Corte. O presidente do STF, Gilmar Mendes,elogiou a atuação de Toffoli à frente da Advocacia-Geral da União (AGU)e o diálogo institucional que mantinha com a Corte.“Seguramente, [Toffoli] é uma pessoa qualificada. Vai nos dar umacontribuição no esforço que estamos fazendo de modernização do STF paratransformá-lo em uma autêntica Corte constitucional”, disse Mendes.“Registroo tom elevado ocorrido na sabatina. A CCJ [Comissão de Constituição eJustiça do Senado  Federal] cumpriu aquilo que a ConstituiçãoFederal espera do Senado”, acrescentou. O ministro CarlosAyres Britto, que também preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE),ressaltou pontos benéficos da idade do futuro integrante da corte,que assumirá o cargo aos 41 anos, como o mais jovem indicado das duasúltimas décadas.     “Estendo a ele minha saudaçãocarinhosa, na certeza de que ele vem para qualificar os debates earejar a Corte com sua juventude. Sangue novo é sempre bom”, afirmouBritto.Ao ser sabatinado hoje na CCJ do Senado, o novo ministrodo STF respondeu a questionamentos sobre sua ligação com o PT eseu posicionamento em relação a temas como o aborto, a extradição do ex-ativista políticoitaliano Cesare Battisti, a intervenção do Estado na economia e a Proposta de Emenda à Constiuição (PEC) dosCartórios. Na comissão, o nome de Toffoli foi aprovado por 20 votos favoráveis e3 contrários. No plenário, foram 58 votos a favor, 9 contrae 3 abstenções. Toffoli aguarda, agora, a confirmação de sua nomeaçãopelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.Toffolifoi advogado do PT em três campanhas presidenciais de Lula e tambémtrabalhou para o partido como assessor parlamentar no CongressoNacional. Antes de assumir a AGU, foi ainda subchefe de AssuntosJurídicos da Casa Civil. A vinculação com o PT foi tratada pelosabatinado como uma “página virada” e ele se comprometeu a atuar noSTF na defesa da Constituição brasileira. As reprovações em concursospara juiz e o fato de não possuir mestrado ou doutorado foramjustificados pelo futuro ministro do Supremo pela prioridade absolutadada à carreira de advogado.