Revisão do depósito compulsório não causará impactos ao mercado, diz Meirelles

29/09/2009 - 15h07

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O presidente do BancoCentral (BC), Henrique Meirelles, afirmou hoje (29) que, passado umano da deflagração da crise financeira internacional, os bancos deporte médio “já estão tendo a sua condição de captação [derecursos] absolutamente, normalizada”. Isso levou o BancoCentral a rever as normas em torno do depósito compulsório (parcelaobrigatória que os bancos têm de recolher no BC), explicouMeirelles. Ele ressaltou, no entanto, que as mudanças “terãoefeito neutro sobre o mercado”. As novas regras, que entram em vigor amanhã (30)e valem até 31 de março do ano que vem, incluem a redução daalíquota do compulsório sobre os depósitos a prazo de 15% para13,5% e a limitação da possibilidade de abate sobre o recolhimentojunto ao BC. Ou seja, os bancos só poderão abater do total a serdepositado os ativos comprados de bancos com patrimônio dereferência de até R$ 2,5 bilhões ante R$ 7 bilhões. “Uma diminuição compensa a outra”, ponderouMeirelles, ao anunciar que não vê no cenário atual da economiabrasileira e mesmo mundial a necessidade de novas alterações nospróximos seis meses. Ele deu as informações ao participar, em SãoPaulo, do seminário O Brasil Saindoda Crise, promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais(Lide).De acordo com Meirelles, ainda que houvesse, atéo fim deste ano, uma paralisia da situação de liquidez em nívelinternacional, o Brasil teria condições de manter o equilíbrio daoferta de crédito no país. Ele informou que para contornar osefeitos da crise o Banco Central injetou R$ 100 bilhões dos quais R$42 bilhões destinados os bancos de pequeno e médio porte.