Dilma defende solução para irregularidades apontadas pelo TCU para que obras não parem

29/09/2009 - 16h07

Yara Aquino e Daniel Lima
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - A chefe da Casa Civil da Presidência da República, ministra DilmaRousseff, comentou hoje (29) a recomendação do Tribunal de Contasda União (TCU) de paralisar 41 obras federais, entre as quais 13 queintegram o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Se háirregularidades, é preciso resolvê-las, afirmou aministra.“Ninguém pode compactuar com a irregularidade.Agora, se há divergência de avaliações, vamos tentar resolver, eo TCU tem mecanismos para resolver isso”, disse Dilma, apósparticipar de reunião extraordinária do Conselho de DesenvolvimentoEconômico e Social (CDES). Dilma lembrou que, sempre que oTCU divulga o relatório que recomenda a paralisação de obras comindícios de irregularidades, o governo procura esclarecer os fatospara impedir que a obra pare. “Algumas vezes, concordamos, outrasvezes, discordamos. Quando discordamos, nós procuramos, em váriasetapas, o direito de resposta e o contraditório. Eu acredito que nãovai ser diferente nesse caso. O que se tem que ter cuidado no Brasilé com a suspensão de obra”, acrescentou. Ao ouvir ocomentário de que, se o Congresso Nacional aprovar, algumas dasobras que estão no relatório do TCU podem ser paralisadas, a ministrarespondeu que o Congresso tem sido cauteloso com a questão, já queuma obra paralisada fica mais cara ao ser retomada. “Tanto oCongresso quanto o TCU e o governo têm que ter uma atitude maduradiante disso.” Relatório aprovado hoje (29) pelo TCUrecomenda a paralisação de 41 obras federais que apresentamindícios de irregularidades graves. Dessas, 13 são do PAC. Foramfiscalizados 219 empreendimentos federais em 2009, que totalizaminvestimentos de R$ 35,4 bilhões.