Lula vai se reunir com TCU para discutir paralisação de obras

28/09/2009 - 19h42

Carolina Pimental
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Na posse do novoministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, opresidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que pretende realizarreunião para buscar ajustes com o objetivo de evitar que obraspúblicas sejam paralisadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU),para o qual indicou o ex-titular da pasta, José Múcio.Para o presidente, noTCU, Múcio vai ajudar na busca dos tais ajustes por ter sidodeputado federal, passado pela articulação política do governo eser formado em engenharia.“É preciso achar um jeito mais fácil deas coisas acontecerem no país”, afirmou Lula.O presidente indicouJosé Múcio, que estava à frente da Secretaria de RelaçõesInstitucionais, para ocupar vaga de ministro do tribunal, no lugar deMarcos Vilaça, que se aposentou. “Vamos fazer uma reunião paratentar definir um comportamento que não diminua o TCU, mas tambémnão coloque uma quantidade de obras paralisadas, sem explicação”,disse Lula, acrescentando que a reunião será com deputados,ministros do tribunal e empresários.Lula citou que, emvisita a Fortaleza, soube que as obras do metrô da cidade foramparadas por conta de um suposto superfaturamento de R$ 227 milhões.Depois, segundo ele, descobriu-se que a quantia era de R$ 16 milhões,e as obras continuaram paralisadas. Lula critica com frequênciadecisões do TCU de parar obras.Em seu discurso, Múcioafirmou que deixa a Secretaria de Relações Institucionais com asensação de dever cumprido. Ele elogiou a chefe de gabinete dopresidente, Gilberto Carvalho, que trabalha com “discrição ecompetência”.Alexandre Padilha, o novo ministro-chefe da pasta, estava na subchefia de AssuntosFederativos da secretaria. Em um discurso informal, ele afirmou quetrabalhará “dia e noite para retribuir a confiança de Lula” eque o governo abriu uma “relação republicana e de intensodiálogo” com as prefeituras e o Congresso Nacional.Ele estava naSecretaria de Relações Institucionais desde 2005 e assumiu asubchefia de Assuntos Federativos dois anos depois. Também foidiretor de saúde indígena da Fundação Nacional de Saúde (Funasa)