Jobim diz que não cabe à Embraer opinar sobre compra de caças pela FAB

28/09/2009 - 14h46

Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Defesa,Nelson Jobim, afirmou hoje (28) que o processo de análise dos aviõesque a Força Aérea Brasileira (FAB) comprará para modernizar a suafrota não levará em consideração a opinião da Empresa Brasileirade Aeronáutica (Embraer). A companhia havia sinalizado que a melhoropção seria a proposta sueca, que prevê maior transferência detecnologia.“Não cabe à Embraer ter opinião sobre esseassunto. Cabe ao governo brasileiro e a Embraer não é parte dogoverno brasileiro”, afirmou Jobim, que participou na manhã dehoje, no Rio de Janeiro, da abertura da Conferência InternacionalNuclear.O prazo para que as concorrentes entreguem suaspropostas foi prorrogado pela Aeronáutica e termina na próximasexta-feira (2). O ministro voltou a afirmar que a decisão do governo não será influenciada pelo acidente ocorrido na últimaquinta-feira (24) envolvendo dois caças Rafale. As aeronaves caíramno Mar Mediterrâneo, após colisão em pleno ar, durante voo deteste do Porta-Aviões Charles de Gaulle. O Rafale disputa apreferência da FAB com os modelos F-18 Super Hornet, danorte-americana Boeing, e o Gripen, da sueca Saab.“Nãoconheço o problema como se deu, mas há informações que talveztenham sido problemas de erro humano, desligamento de equipamentospara treinamento em tempo real. Se isso [a possibilidade de os acidentesinviabilizarem a compra de aeronaves do mesmo modelo] fosseverdadeiro, não poderíamos estar comprando boeings”, disse.