Saiba o que é preciso para ser um doador de órgãos

27/09/2009 - 16h59

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - OMinistério da Saúde lançou hoje (27) uma campanhanacional para incentivar a doação de órgãospara transplante. Pesquisas de opinião apontam que 60% dapopulação brasileira se diz doadora. No entanto, onúmero de doadores efetivos no país é de 8,6para cada um milhão de habitantes. Na Espanha, esse númerochega a 36 por um milhão de habitantes.

Com oslogan A Vida é Feita de Conversas. Basta uma para SalvarVidas, a campanha pretende informar a populaçãosobre o que é necessário para manifestar a vontade deser um doador.

Confira algumas informações sobre a doaçãode órgãos:O que é precisopara ser um doador?Para ser doador, noBrasil, não é preciso deixar nada por escrito, emnenhum documento. Muitas pessoas acham que é preciso registrara opção de doador de órgãos na carteirade motorista, mas isso não é mais necessário.Basta conversar com a família sobre seu desejo de ser doador.A doação de órgãos só aconteceráapós autorização familiar. Quais os tipos dedoador?Doador vivo: qualquerpessoa saudável que concorde com a doação, desdeque não prejudique sua própria saúde. O doador vivo pode doarum dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea eparte do pulmão. Pela lei, parentes até quarto grau ecônjuges podem ser doadores; não parentes, somente comautorização judicial. Doador falecido sãopacientes com morte encefálica, geralmente vítimas decatástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC(derrame cerebral). Quais órgãose tecidos podem ser obtidos de um doador falecido?Coração,pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins,córnea, veias, ossos e tendões. Portanto, um únicodoador pode salvar inúmeras vidas. A retirada dos órgãosé realizada em centro cirúrgico, como qualquer outracirurgia. Para quem vão osórgãos?Os órgãosdoados vão para pacientes que necessitam de um transplante eestão aguardando em lista única, definida pela Centralde Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado econtrolada pelo Sistema Nacional de Transplantes. É possível ter certeza do diagnóstico de morte encefálica?Sim. O diagnósticode morte encefálica é regulamentado pelo ConselhoFederal de Medicina. Dois médicos de diferentes áreasexaminam o paciente, sempre com a comprovação de umexame complementar, que é interpretado por um terceiro médico.Não existe dúvida quanto ao diagnóstico. Após a doaçãoo corpo do doador fica deformado?Não. A retiradados órgãos é uma cirurgia como qualquer outra eo doador poderá ser velado normalmente. Fonte: Ministérioda Saúde