Polícia Civil faz perícia onde depósito de fogos de artifício explodiu em São Paulo

25/09/2009 - 1h27

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Equipes doInstituto de Criminalística da Polícia Civil fazemdesde a manhã de hoje (25) uma perícia técnicana área ao redor do local onde um depósito de fogos deartifício explodiu no início da tarde de ontem (24) emSanto André. Segundo a Defesa Civil, assim que a períciafor concluída, oito agentes devem vistoriar as 30 casasatingidas e interditadas para avaliar a possibilidade de os moradoresretornarem aos imóveis, no bairro Silveiras, no ABC Paulista.OMinistério Público afirmou ontem em nota àimprensa que investigará a explosão. A Promotoria deSanto André vai apurar o acidente tanto no âmbitocriminal quanto no cível. O MP deve investigar também oimpacto ambiental causado na região e a responsabilidade daadministração e de autoridades do município, aquem cabia a concessão da licença de funcionamento dodepósito em área residencial, além dafiscalização do imóvel.Uma daspessoas que morreu na explosão foi enterrada às 11h, ea outra será enterrada às 16h. De acordo com aprefeitura, duas casas foram destruídas, houve duas mortes e11 feridos leves, dos quais dois permanecem em observaçãono Centro Hospitalar Municipal.Segundo aprefeitura de Santo André, no dia 7 de maio deste ano, oresponsável pela loja pediu autorização para avenda de fogos de artifício no varejo à prefeitura, deacordo a lei municipal 6.633/90 – que determina a venda de fogos novarejo por 60 dias prorrogáveis por mais 30 dias.Aprefeitura informou que em junho o proprietário foi comunicadosobre a necessidade da apresentação de um novodocumento que comprovasse a vistoria feita pelo Corpo de Bombeiros nolocal – indispensável para a obtenção doalvará de funcionamento. O documento não foiapresentado, e o pedido de funcionamento foi indeferido em 14setembro.Em nota, aPolícia Civil informou que o proprietário da loja tinhao alvará de comercialização concedido pelaprópria Polícia Civil, com a exigência de umasérie de documentos, incluindo o atestado de antecedentescriminais, no qual nada constava a respeito do proprietário. De acordocom a Polícia Civil, o proprietário cumpriu todas asexigências e teve o alvará concedido, com validade atéjaneiro de 2010. O dono do depósito não estásendo procurado pela polícia e nem há mandado de prisãocontra ele, mas a polícia quer ouvir o depoimento para ajudarnas investigações sobre o que teria ocorrido no local.A Polícia Civil instaurou inquérito para averiguar omotivo da explosão e a existência de algum culpado.Segundo anota da Polícia Civil, o atestado do Corpo de Bombeiros dizque durante vistoria foi constatado que o local tinha 100 metrosquadrados, uma residência nos fundos e, na frente, uma sala de15 metros onde funcionava o comércio. A Polícia Civilinformou ainda que não recebeu nenhuma denúncia deirregularidade no local.