Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O acidente com os doiscaças Rafale da Marinha francesa não teráreflexos para o processo de análise dos aviões que a Força Aérea Brasileira (FAB) planeja comprar para amodernização de sua frota, disse hoje (25) o ministroda Defesa, Nelson Jobim.Isso nãointerfere absolutamente em nada. Isso [a escolha da melhorproposta] é uma avaliação que tem que serfeita pela FAB dentro do prazo [para que as concorrentes entreguemsuas propostas de venda] que termina no dia 2 de outubro”, afirmou.Os dois caças franceses caíram  no Mar Mediterrâneo, apóscolisão em pleno ar, ontem (24), quando participavam deexercícios militares. O Rafale disputaa preferência da FAB com os modelos F-18 Super Hornet, danorte-americana Boeing e o Gripen, da sueca Saab. A questão do acidentes com os caças franceses é normal, declarou oministro, que participou da cerimônia de entregue de um dosdois aviões da Embraer que vão servir à Presidênciada República.Jobim disse ainda nãohaver qualquer motivo que justifique uma nova alteraçãodo prazo para que as empresas interessadas apresentem suas propostasde venda dos caças à FAB. Ele também lembrou sobre da importância da cláusula de transferênciade tecnologia. “Lembrando que a decisão tem como pressuposto a capacitação [daindústria] nacional. Portanto, o peso maior está vinculado às condiçõeso detransferência de tecnologia e o tipo de associação desejável pelaempresa estrangeira com os parceiros nacionais”.O ministro voltou amanifestar predileção pelo modelo francês. “Adisposição política do Brasil é nosentido se ter negociações com a França, porquecom eles nós já temos uma parceria estratégica[na área militar]. O desejo do governo é quepossamos continuar e, inclusive, estender essa parceria. Agora, éevidente que tem que haver as condições que terãoque ser cumpridas pela Dassault [empresa francesa fabricante docaça Rafale]”, afirmou Jobim, assegurando que o nome daempresa vencedora da concorrência só seráconhecido após 2 de outubro.