Franklin vê implantação da TV digital como positiva, mas reconhece que adesão é lenta

24/09/2009 - 1h08

Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Um ano e nove mesesapós o início da implantação do sistema digital de televisão noBrasil, o ministro Franklin Martins, da Secretaria de ComunicaçãoSocial da Presidência da República, avaliou os resultados comopositivos. Ele reconheceu, no entanto, que o processo de adesão dapopulação ocorre lentamente.Franklin Martins participou nanoite dessa quarta-feira (23) da cerimônia que marcou o início datransmissão digital pela TVBrasilno Rio de Janeiro. “Essa migração é mesmo demorada, até porquetem um custo para as pessoas, que têm que comprar um conversor ou umnovo aparelho de TV. Nos Estados Unidos, a migração aconteceu emdez anos”, exemplificou.O sistema digital ainda é novidadepara a maioria da população. Segundo dados do Fórum do SistemaBrasileiro de TV Digital, o sinal está disponível apenas para 24cidades, onde, até agosto, foram vendidos 1,6 milhão deconversores, TVs integradas, receptores para computador e telefonescelulares que recebem o sinal digital.Franklin Martinsacredita que aos poucos as pessoas vão entender que a TV digital nãosignifica apenas melhoria na qualidade do som e da imagem.“Ocomputador ainda é um grande concorrente da TV digital e, muitasvezes, quando sobra uma graninha, o consumidor prefere trocar ocomputador a investir em um aparelho de TV que tenha o sistemadigital integrado. Mas isso vai acabar. As pessoas vão perceber queo novo sistema dará a elas portabilidade, interatividade e chance deassistir a mais de um programa ao mesmo tempo.”A coordenadorado Módulo de Promoção do Fórum do Sistema Brasileiro de TVDigital, Liliana Nakonechnyj, vai além. Para ela, com a TV digital, as pessoas poderão aproveitar o tempo em queestão em trânsito, no trajeto até o trabalho, por exemplo, para se informar e se entreter.Sobre a transmissãodigital pela TV pública, Liliana destacou que se trata de umademonstração importante de compromisso com o telespectador. “Embreve, ela poderá, também, lançar mão da interatividade paraoferecer serviços adicionais ao cidadão, por exemplo, de carátercívico ou de inclusão digital.”A presidente da EmpresaBrasil de Comunicação(EBC),Tereza Cruvinel, acrescentou que a adesão da TV pública ao sistemadigital representa um acompanhamento das novas tecnologias. “Nãoestamos ficando para trás. Estamos contribuindo para que a gentetenha todas as emissoras transmitindo o sinal digital o quantoantes.”