Brasil não pode deixar Zelaya fazer proselitismo político em embaixada, diz Heráclito

24/09/2009 - 14h11

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governorecebeu hoje (24) críticas de parlamentares sobre a decisão de abrigar opresidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, na Embaixada doBrasil. Zelaya está há quatro dias na embaixadabrasileira em Honduras, que está cercada de manifestantesfavoráveis à volta dele ao poder.“OBrasil não pode dar a ele a concessão de um escritóriopara fazer proselitismo político”, disse oprimeiro-secretário do Senado, Heráclito Fortes(DEM-PI). “Essa questão está nos deixando mal”,completou.Com avolta de Zelaya ao país, iniciou-se uma série desaques, atos de vandalismo e conflitos com a polícia nacapital, Tegucigalpa. Ontem (23), o toque de recolher foi suspensopor algumas horas para a compra de comida. Um grupo de parlamentarese o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva tempedido o retorno de Zelaya à Presidência de seu país.“OBrasil acolheu Zelaya para preservar a vida dele”, defendeu o líderdo governo na Câmara, Henrique Fontana (PT-RS). “E trabalhacom toda a força democrática de pressão paragarantir que o eleito fique no poder, evitando um golpe de Estado”,completou.Hoje, maisde cem pessoas foram presas e uma morreu em decorrência de maisconflitos na capital. O governo hondurenho responsabiliza osmanifestantes pró-Zelaya pelos atos de vandalismo ocorridos namadrugada.