Classificação de agência de risco põe Brasil em destaque no cenário mundial, avalia Febraban

23/09/2009 - 1h14

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - O economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) , Rubens Sardenberg, disse hoje (23) que não foi surpresa o fato de o Brasil ter obtido a classificação de grau de investimento (investment grade) da agência norte-americana, Moody's, o que significa que o país tem condições de honrar compromissos e não representa risco para os investidores estrangeiros.A classsificação baseou-se na capacidade do país ter contornado os efeitos da crise financeira internacional. Para Sardenberg, a análise positiva possibilitará maior ascensão do país na economia mundial.“Apesar de já esperada, destaque-se que a concessão do grau de investimento pela Moody's veio acompanhada de uma avaliação especialmente positiva da economia brasileira, dos seus fundamentos, da qualidade da sua política econômica e das respostas do país à crise financeira internacional”.Na avaliação do economista, a Moody's reconheceu que “o Brasil vai ocupar um papel de grande destaque no desenho da economia mundial no pós-crise”. Uma das principais agências internacionais de risco, a Moody's, elevou a classificação do Brasil de “Ba1” para "Baa3".Em nota, o responsável pelas análises da Moodys, na América Latina, Mauro Leos, informou que, ao elevar o grau de investimento do Brasil, a agência reconhece “a capacidade de absorção de choques, incluindo a capacidade de respostas das autoridades e aponta para uma melhora significativa do perfil de crédito soberano do Brasil”.Essa foi a terceira análise positiva recebida pelo Brasil. Considerações semelhantes foram feitas por duas agências de risco: a Standard & Poors e a Fitch.