Economia tem papel importante na aprovação de Lula e do governo, avalia CNI

22/09/2009 - 16h08

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O cenário econômico voltou a aparecer como item importante desustentação da avaliação tanto da atuação do governo quanto dopresidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou hoje (22) o diretor deRelações Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI),Marco Antonio Guarita, ao apresentar a pesquisa Ibope, encomendada pela entidade. “A principal mensagem da pesquisa foi a captura damudança da percepção da sociedade brasileira sobre a evolução daeconomia”, afirmou Guarita. Segundo a pesquisa, caiu opercentual dos que consideram que o desemprego vai aumentar muito ouaumentar nos próximos seis meses. No levantamento de junho, oíndice dos que acreditavam que o desemprego iria aumentar muito erade 12% e agora é de 8%. Entre os que consideram que vai aumentar odesemprego, o percentual passou de 41% para 32%. Agora, 30% consideram que não vai mudar nada, contra 24% da pesquisa anterior. Há ainda24% que acreditam em diminuição do desemprego (contra 20% dolevantamento passado) e 1% que espera muita redução nodesemprego, o mesmo percentual da pesquisa anterior. Os que nãosouberam responder chegam a 4%, contra 3% da pesquisa de junho.Em relação à inflação nos próximos seis meses, para 9% os preços vão aumentar muito, contra 10% da pesquisa de junho.Na avaliação de 36%, a inflação vai aumentar, ante 41% do levantamentoanterior. De acordo com a pesquisa, aumentou o percentual daqueles queconsideram que nada vai mudar – de 32% para 37%, nesse mesmo intervalode tempo. Onze por cento afirmaram que a inflação vai diminuir, omesmo índice da pesquisa anterior, e 1% considera que ainflação cairá muito, sendo que na pesquisa anterior ninguém esperava que isso aconteceria. O percentual daqueles que não souberam responder aumentou de 5%, em junho, para 6%, em setembro.  Apesquisa também avaliou a expectativa quanto à renda nos próximos seismeses. Para 5% dos entrevistados, a renda própria aumentará muito,contra os 4% observados na pesquisa de junho. Entre os que consideram que a renda vai aumentar, o percentual passou de 31%, em junho,para 33%, neste mês. O índice maior é daqueles que esperam que arenda não vai mudar – agora em 49%, contra 46% do levantamentoanterior. Para 8%, a renda própria vai diminuir, ante os 12%observados anteriormente. Não foi alterado o percentual daqueles queconsideram que a renda própria diminuirá muito (1%). Na pesquisadivulgada hoje, 4% não souberam responder, contra 6% do levantamentoanterior. A percepção dos entrevistados sobre os efeitos dacrise financeira internacional também melhorou. “A população brasileirahoje já tem uma visão mais otimista sobre a capacidade de o país convivercom essa crise internacional e sobre a expressão dos impactos da crisena nossa economia”, disse Guarita.A pesquisa foi realizadaentre os dias 11 e 14 deste mês, com 2.002 eleitores, em 142 municípios.A margem de erro é de 2 pontos percentuais.