Lula vai defender reformas no sistema financeiro mundial em reuniões nos Estados Unidos

20/09/2009 - 16h11

Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca, amanhã (21), para osEstados Unidos onde irá participar da Assembleia-Geral da Organizaçãodas Nações Unidas (ONU), em Nova York, e da reunião do G20 Financeiro,na cidade de Pittsburgh.Na ONU, Lula focará seu discurso na crisefinanceira e o combate às mudanças climáticas. Mesmo depois de um anode crise, o presidente defenderá que os países continuem alerta aodesenrolar do comportamento das economias e que não é hora de suspenderas medidas anticíclicas.“O presidente julga que a maioria dosproblemas de fundo não foi ainda enfrentada, e há significativasresistências em adotar mecanismos de regulação dos mercadosfinanceiros. Nesse particular, apontará a importância de que os paísesricos aceitem a realização de reformas nos organismos multilaterais,como o FMI [Fundo Monetário Internacional] e o Banco Mundial, edefenderá a retomada da Rodada Doha de negociações comerciais comoparte da estratégia de retomada do crescimento”, afirmou o porta-voz daPresidência da República, Marcelo Baumbach, na última quinta-feira (17).Emrelação às mudanças climáticas, Lula voltará a cobrar dos países ricosempenho na adoção de medidas contra as alterações do clima, além dedefender a transferência de tecnologia para as nações mais pobres napreservação do meio ambiente. “O combate à mudança do clima exigeesforço global de redução de emissões, que respeite asresponsabilidades e condições distintas de países desenvolvidos epaíses em desenvolvimento”, afirmou Baumbach.A partir de quinta-feira(24), o encontro dos chefes de Estado e governo do G20 Financeiro, emPittsburgh, será pautado por assuntos como regulação do mercadomundial, reforma dos organismos financeiros internacionais e o futuromodelo de crescimento. Lula deve ressaltar a importância do G20 paraacalmar os mercados durante a crise financeira. O presidente reafirmaráque o FMI e o Banco Mundial devem monitorar os países pobres, mastambém as grandes potências econômicas, na linha de que é “essencialrenovar o ímpeto de reforma do sistema financeiro e rejeitar aleniência com o capitalismo financeiro desregulado”.Estãoagendados também encontros de Lula com líderes de várias nações. Opresidente fica nos Estados Unidos até o dia 25 deste mês. Depois,segue para a Venezuela.