Sarney evita comentar rapidez com que deputados aprovaram reforma eleitoral

17/09/2009 - 12h30

Priscilla Mazenotti e Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), evitou fazer hoje(17) qualquer comentário sobre a proposta de reforma eleitoralaprovada ontem (16) à noite pela Câmara. Os deputadosrejeitaram a maioria das propostas dos senadores e, deolho no calendário, aprovaram a matéria àspressas para que as alterações possam valer naseleições do ano que vem.“Temosde manter o princípio da harmonia nas duas casas legislativas”, afirmou. “O Senado fez e cumpriu a reforma dentrodo prazo necessário para que a Câmara pudesse votá-laantes que se extinguissem os prazos constitucionais das próximaseleições. Não posso opinar sobre o trabalho daCâmara”, completou.JoséSarney, no entanto, destacou o fato de os deputados terem preservadono texto da proposta a liberdade no uso da internet nacampanha. Esse assunto foi alvo de intenso debate no Senado. Foimantido o uso da internet, vedado o anonimato e garantido odireito de resposta. Candidatos à presidência, noentanto, ficam proibidos de pagar por anúncios em sitesjornalísticos. “A internet é uma grandeconquista. Não devemos jamais deixar de considerar que éum meio que veio para ficar e devemos preservar inteiramente livre”,afirmou Sarney.A Câmara,no entanto, derrubou emenda aprovada no Senado que proibia quecandidatos com a ficha suja concorressem às eleições.As doações poderão ser feitas pela internete por cartão de crédito e a doação oculta– aquela que a pessoa doa para o partido que repassa ao candidato –fica expressa em lei.A propostatambém prevê o voto impresso a partir das eleiçõesde 2014, a exigência de documento com foto, juntamente com otítulo de eleitor para votar nas eleições de2010, a reserva de 5 % do fundo partidário, e de 10 % do tempode propaganda partidária para as mulheres.