Cânfora no pescoço não oferece proteção contra vírus, diz médica

17/09/2009 - 17h18

Lúcia Nórcio
Repórter da Agência Brasil
Curitiba - A médica do Centro de Informações Estratégicasde Vigilância em Saúde, Ângela Maron, esclareceu hoje (17), no site da Secretaria da Saúde do Paraná, que divulga informaçõesoficiais sobre a  influenza A (H1N1) – gripe suína, que  amarrar um saquinho com cânfora no pescoço nãooferece nenhuma proteção efetiva contra o vírus da gripe. Segundo ela, há uma novacrença divulgada por meio de e-mails, quetêm circulado na internet sobre o assunto. A médica explica que a medida costumava serutilizada na epidemia de gripe espanhola porque,naquela época (começo do século passado), ainda vigorava a teoriamiasmática, pela qual se acreditava que a transmissão dos chamadosmiasmas (ar corrompido) ocorria em função do mau cheiro.A médica contou que mensagem que circula pela internet relata que o hábito era adotado por profissionais desaúde que lidavam diretamente com os doentes. Na época, médicos e enfermeiroscostumavam usar um saquinho de gaze com pedras de cânfora, acreditando que issoserviria como medida preventiva.“Esta é uma idéia antiga, já superada por estudos científicos, e que nãocorresponde à realidade. A proteção efetiva contra a doença só se dará, de fato,pela vacina que, de acordo com o Ministério da Saúde, estará disponível noBrasil no próximo ano”, esclareceu a médica. Ela explicou, ainda, que a cânfora tem apenas uma propriedade broncodilatadora, que facilita a respiração de pessoas com problemas respiratórios, como asma e bronquite.