UNE quer que metade dos recursos do pré-sal seja aplicada em educação

11/09/2009 - 7h13

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Adestinação da metade dos recursos provenientes daextração do petróleo da camada pré-salpara a educação é uma das principais bandeirasda nova diretoria da União Nacional dos Estudantes(UNE).

Segundoo novo presidente da entidade, Augusto Chagas, o tema surgiu commuita força nas últimos debates entre os estudantes.“Com certeza, [a educação] é a políticapública que mais tem condições de superardesigualdades, de ajudar a construir uma sociedade mais igualitária.Por isso, nós achamos muito justo que 50% desses recursos sejamaplicados em educação”, disse Chagas em entrevista àAgência Brasil durante a cerimônia de posse.

A regulamentação da meia-entrada para estudantes em eventos culturais é outra prioridade da UNE. Para Chagas, “da maneira como está hoje, a meia-entrada é um direito que foi atacado”.

O novopresidente da instituição comentou ainda osresultados da avaliação do ensino superior, divulgadospelo Ministério da Educação na semanapassada. De acordo com os dados, um em cada três cursos teve notainsatisfatória no Conceito Preliminar de Curso (CPC). AugustoChagas atribui os resultados a uma visão de ensino quedá prioridade ao lucro, uma vez que o mau desempenho se concentra noensino particular.

“A faltade regulamentação desse setor [educação] tem permitido universidades e cursos com tão poucaqualidade. Essas instituições estão muito aserviço do lucro dos seus proprietários e poucocompromisso com a qualidade”, considerou. Entre oscursos que obtiveram notas ruins no Exame Nacional de Desempenho dosEstudantes (Enade) - um dos critérios que compõem o CPC - 74% eram privados.