Passageiros não sentem melhora com novo sistema de transporte alternativo no Rio

11/09/2009 - 14h24

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Ônibuse trens lotados e horas à espera de vans marcam o segundo diade vigência das novas regras para transporte alternativo intermunicipal no estadodo Rio de Janeiro. A Federação das Empresas de Transportede Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) informouontem (10) que até o fim do ano a frota de ônibus aumentará 15%.Enquantoisso, passageiros que usam o transporte público intermunicipal paratrabalhar são os mais prejudicados com a redução do número devans alternativas. Das 1.124 que operavam no Grande Rio emlinhas intermunicipais, somente 462 vans vencedoras da licitaçãoestão operando em 50 linhas que ligam os municípios ao centro doRio. Os veículos não podem mais embarcar ou desembarcar passageirosno meio do caminho.De acordo com a Companhia de Engenharia deTráfego (CET-Rio), com a nova regra houve redução das vansnas ruas do centro, o que ajudou a melhorar a circulação deveículos, sobretudo nas avenidas Presidente Vargas, Rio Branco eFrancisco Bicalho. O funcionário público Cícero Vieira, 74anos, no entanto, disse não ter sentido melhora no trânsito daAvenida Brasil, principal via da cidade do Rio e municípiosvizinhos. Ele demorou quase três horas no trajeto entre Nova Iguaçu,na Baixada Fluminense, e o centro do Rio na manhã de hoje (11). “Umtrajeto que não demora mais que 45 minutos quando não hácongestionamento.” Pela manhã, fiscais do Departamento deTransportes Rodoviários do estado (Detro) apreenderam seis veículosde transporte irregulares. Eles continuam fiscalizando o transportealternativo em seis postos volantes e cinco fixos. Ontem foramapreendidos nove vans piratas. A operação vai se estenderpor prazo indeterminado. O diretor da Federação dasCooperativas de Vans Legalizadas, Márcio Pires, disse que as novasregras causaram a perda de 12 mil empregos diretos e indiretos edeixaram centenas de motoristas endividados com prestações deveículos. “Na segunda-feira que vem vamos participar de umaaudiência na Alerj [Assembleia Legislativa do Estado do Rio deJaneiro] para denunciar essas injustiças com a gente e com osusuários”.