Fecomercio pede calma com o otimismo sobre o fim da recessão técnica

11/09/2009 - 20h48

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Federação doComércio de São Paulo (Fecomercio) sustenta que a alta de 1,9% daeconomia, no segundo trimestre deste ano, “ainda não demonstratotal recuperação da economia nacional”. Portanto, comemorar ofim da recessão técnica, “graças a variáveis pontuais e nãosustentáveis, é algo insustentável”.Em nota, a Fecomerciorepercute de forma positiva a evolução do Produto Interno Bruto(PIB), soma das riquezas produzidas no país, depois de doistrimestres seguidos de retração na economia doméstica, de outubrode 2008 a março de 2009.De acordo com ainstituição, “o dado negativo é de fato a ausência derecuperação industrial e de investimentos”. Acrescenta tambémque o cenário futuro permanece em aberto, dependente dos rumos e dacapacidade de normalização do ritmo das atividades, em especial daindústria e, dentro dela, do segmento exportador.A Fecomercio salientaque o PIB foi sustentado pelo consumo das famílias, graças aoaumento da massa real de salários e pelo aumento do crédito parapessoa física. Em contrapartida, lembra que a Formação Bruta deCapital Fixo (FBCF) permaneceu, de abril a junho, no mesmo patamar dotrimestre anterior, o que significa queda de 17% ante o segundotrimestre de 2008.Do cruzamento dessesdois aspectos, a Fecomercio conclui que “se não houver retomada deinvestimentos a médio prazo, será impossível manter os níveis decrescimento da massa apenas em função de reajustes [de salários]e transferências sociais”. A instituição torce para que osinvestimentos voltem a fluir, principalmente no setor industrial.