Kátia Abreu vai pedir abertura de investigação sobre recursos do MST

10/09/2009 - 12h49

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A senadoraKátia Abreu (DEM-MT) informou que vai protocolar ainda hoje(10) a abertura de Comissão Mista Parlamentar de Inquérito(CPMI) para investigar o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra(MST). De acordo com a senadora, já foram recolhidas 29assinaturas de senadores e 180 de deputados, o número mínimoé de 171 deputados e 27 senadores.Informaçõesdivulgadas na imprensa informaram que o MST recebeu recursos deorganizações não governamentais (ONGs) de maneirairregular. Segundo asenadora, o principal foco das investigações seráo repasse de recursos da União para cooperativas querepresentam o MST em São Paulo, onde o superintendente doInstituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária(Incra) foi condenado por ter adiantado o repasse de recursos paraONGs que representam o MST sem o serviço ter sido feito.“[Entreos serviços que não foram feitos estão] ogeoreferenciamento das propriedades dos assentamentos. Constatou-seque os recursos eram para 200 propriedades. Em nem 50 foram feitas ea empresa já tinha recebido todos os recursos”, disse KátiaAbreu.Alémde São Paulo, também serão investigados comatenção convênios de ONGs que representam o MSTnos estados do Pará, de Pernambuco e Mato Grosso. Ela disseainda que vai pedir uma auditoria ao Tribunal de Contas da União(TCU) para verificar se realmente há irregularidades nessesconvênios. A Senadora disse também que serápedido à Receita Federal e ao Banco Central o rastreamento dosrecursos vindos do exterior e se foram repassados ao MST.“Nãovamos admitir que um movimento sem regularidade, que descumpre aconstituição possa ter voz, voto e força juntoao Palácio do Planalto e junto ao presidente Lula paraprejudicar o único setor da economia que vem colaborada diantedessa crise.”KátiaAbreu disse que foi constado que algumas entidades do exterior querepassaram recursos para o MST fazem parte de uma associaçãointernacional de movimentos sociais da qual fazem parte tambémprefeituras do PT. “Queremos investigarse essas prefeituras do PT realmente fazem parte dessa associaçãoe como é a atuação delas”, disse.O MST disse à Agência Brasil que a direção do movimento deve se reunir para definir como tratará o assunto.