Assembleia gaúcha aceita pedido de impeachment da governadora Yeda

10/09/2009 - 16h57

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul,Ivar Pavan (PT), acatou hoje (10) o pedido de impeachment contra a governadoraYeda Crusius (PSDB). Com a decisão, o processo contra a governadora começa atramitar no Legislativo.A decisão de Pavan foi tomada logo depois de ele tomar conhecimento da açãode improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal contra agovernadora e mais oito pessoas ligadas ao governo do Rio Grande do Sul. Pavan consegui ter acesso aos anexos da ação deimprobidade que estão sob segredo de Justiça.“Analisando os autos, não há dúvida de que um grande esquemacriminoso se organizou no Rio Grande do Sul para desviar recursos públicos.Diante do pedido de impeachment, da minha parte cabe analisar unicamente se háindícios da relação entre a governadora e este esquema criminoso”, disse o presidenteao anunciar a decisão.Ele revelou que entre muitas citações, há 26 situações querevelam fortes indícios da relação da governadora com o esquema de corrupçãoinvestigado pelo Ministério Público Federal com base nas informações colhidaspela Polícia Federal na Operação Rodin.“Diante da análise dos autos não resta dúvida de que ascondições prévias e mínimas estão presentes no pedido. Assim, admito e doutramitação à presente denúncia por crime de responsabilidade contra agovernadora do estado por infringência à Lei 1.079 de 1950”, declarou Pavan.O presidente ainda explicou que o relator do processo deimpeachment será escolhido pela comissão especial a ser formada por dois terçosdos deputados estaduais. Eles também terão a função de eleger quem presidirá ocolegiado. A comissão terá prazo de dez dias para elaborar um parecer que serásubmetido ao plenário que é soberano para decidir se admite ou não o processo.