Senadores querem que nomes indicados para a Petro-sal sejam aprovados pelo Congresso

08/09/2009 - 18h57

Mariana Jungmann
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Petro-sal, novaempresa estatal criada para administrar os recursos do pré-sal e ser “o olho” do governo nos contratos de compra e venda do óleo,segundo a ministra Dilma, foi criticada hoje (8) por senadores daoposição, durante a audiência pública sobre o marco regulatórioanunciado na semana passada.O senador ArthurVirgílio (PSDB-AM) anunciou que vai propor uma emenda para garantirque os dirigentes da empresa passem pela aprovação do CongressoNacional. Para ele, a estatal será desnecessária porque suasatribuições podem ser exercidas pela Agência Nacional do Petróleo(ANP). Ele também criticou o fato de o país estar apostando tantoem petróleo quando o mundo procura outras fontes de energia, maislimpas.“Acredito que oPetro-sal e seus lucros precisam ser garantidores da transição queo Brasil precisa fazer. Não sei que valor terá o Petro-sal em2060”, afirmou o senador tucano, reforçando a necessidade deadotar energias limpas para o futuro.O senador Pedro Simon(PMDB-RS) concorda com o projeto do governo quanto ao protagonismo daPetrobras, que vai operar os contratos de exploração, mas tambémacha que os dirigentes da nova estatal precisam ser aprovados peloCongresso. “Nesse modelo, a primeira coisa que tem que acontecer éque os dirigentes dela [Petro-sal] devem passar peloCongresso. Do jeito que está o Lula escolhe quem quer”, afirmouSimon.O prazo para votar osprojetos também foi alvo de críticas por parte dos senadores, quenão aceitaram bem a ideia de ter 45 dias corridos para debater oassunto. “A cada debate que se tem sobre a matéria aparecem maisdúvidas. Eu acho 90 dias [para Senado e Câmara] um períodomuito curto para esclarecer dúvidas sobre um assunto tãoimportante”, afirmou o autor do requerimento para a audiência,senador Francisco Dornelles (PP-RJ).O líder do governo naCasa, Aloísio Mercadante (PT-SP), defendeu o regime de urgência.“Diversas reformas importantes, como a das telecomunicações,aconteceram em cinco meses e nenhum empresário apareceu reclamandoque era pouco tempo”, lembrou.