Jobim explica a líderes aliados projeto sobre reformulação do Ministério da Defesa

08/09/2009 - 18h40

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro da Defesa,Nelson Jobim, reuniu-se hoje (8), durante almoço na residênciaoficial da presidência da Câmara, com líderes dos partidos da basegovernista para prestar esclarecimentos sobre um projeto de lei quetrata da reestruturação do Ministério da Defesa. O texto seráencaminhado à Câmara num prazo de cerca de dez dias. “Foi umaexposição detalhada da proposta do plano de defesa a serencaminhado à Câmara. Foi uma reunião expositiva”, explicou olíder do PSC, deputado Hugo Leal (RJ).Segundo os líderes queparticiparam da reunião, o ministro fez uma extensa exposiçãosobre a proposta, que mexe nas três Forças Armadas, reforça opapel do ministério e sua autonomia em relação ao Exército, à Aeronáutica e Marinha, além de tratar do plano estratégico para 20anos, que inclui todo aparato de defesa do Brasil no mar, na Amazôniae em todo país.De acordo com o líder doP-SOL, deputado Ivan Valente (SP), em relação a possível compra decaças e as negociações com o governo francês, o ministro Jobimdisse que está sendo feita basicamente em cima da transferência detecnologia. “Sentimos que foi descartada a negociação com osEstados Unidos, porque eles não transferem a tecnologia e foi muitacriticada todas as negociações feitas com os americanos porque elesforam muitas vezes impeditivos de venda de aviões modelo SuperTucano para países latino-americanos, entre outros”.Ivan Valente disse que,pela avaliação feita a partir das explicações de Jobim, quem estádescartado nas negociações é os Estados Unidos. Ele informou queainda há uma negociação com a Suécia, “mas tudo leva a crer queo negócio está mais para ser fechado com o aparato francês”.Segundo o líder, o ministro colocou que a negociação ainda não édefinitiva porque todo processo tem que passar por negociações,inclusive no Congresso Nacional. “Embora o processo não sejadefinitivo, mas certamente eles deram um passo muito grande nadireção de uma aliança com o governo francês”.