Copom correspondeu à expectativa do mercado, diz representante de companhias abertas

03/09/2009 - 12h12

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A manutenção da taxabásica de juros – Selic – em 8,75% ao ano era a expectativa domercado, embora com a “torcida” de que haveria mais um corte depelo menos 0,25 ponto percentual.“Mas eu acho que aexpectativa geral era essa. A economia está reagindo”, disse hojeà Agência Brasil o presidente da Associação Brasileira dasCompanhias Abertas (Abrasca), Antonio Castro.Para ele, decisão doCopom não teve nenhuma ligação com uma possível alta da inflação.“Com relação à inflação, acho que o sentimento foi de que osjuros devem ficar por aí. O outro lado da medalha é que [para]estimular a economia neste momento talvez não precise de 0,25 pontopercentual”.Castro afirmou,entretanto, que a perspectiva das empresas continua sendo de quehaverá até o final do ano uma redução adicional, porque o nívelde juros no país ainda é internacionalmente muito alto.O ex-presidente doBanco Central Armínio Fraga não quis fazer comentários sobre adecisão do Copom. Limitou-se a dizer que apoia o sistema de trabalhodo Banco Central.“As decisões queeles tomam para mim não é uma coisa tão relevante. Acho que osistema é bom”. Fraga e Castroparticipam do seminário Desafios do Novo Mercado, que a Bolsa deBM&F Bovespa realiza hoje no Rio.