Conferência discute experiências de mobilidade urbana que deram certo

02/09/2009 - 18h50

Da Agência Brasil

Brasília - Transportes alternativos, pedágios urbanos e financiamento dostransportes estaduais são algumas das medidas para o controle damobilidade urbana que deram certo em outros países e que foramapresentadas hoje (2) durante a 10ª Conferência das Cidades,na Câmara dos Deputados.Participam do evento representantes do governo e da sociedade civil. Eles discutem os impactos eas soluções para os problemas da mobilidade urbana no país, principalmente os causados peloaumento da frota de veículos nos grandes centros urbanos. “Precisamosde um sistema de transporte para a maximização do bem estar coletivo epara a minimização dos impactos sociais e ambientais”, sugeriu opesquisador da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rômulo Orrico, um dos palestrantes da conferência.Segundoele, o interesse individual é um dos principais fatores que geramproblemas de mobilidade urbana no país. Citou  como exemplo, o aumento de condomínios e de favelas na cidade do Rio de Janeiro. A maioria sem uma presença eficiente de transporte público. “Temos quepossibilitar que as atividades aconteçam próximo aos eixos detransporte, ou seja, possibilitar a moradia e o trabalho próximo aoseixos de transporte”, disse.O arquiteto Jaime Lerner, um dos participantes,defendeu a implantação de transportes alternativos nos grandes centros do país,como a locação de bicicletas, a implantação de veículos leves sobre trilhos (VLT) eainda um sistema de ônibus de alta capacidade, operando em pistaexclusiva. “Não adiantaproibir o carro em uma área. Tem que dar alternativas de transportes aocidadão”, afirmou. Jaime Lerner foi prefeito de Curitiba e implantou na cidade um corredor exclusivo para ônibus.Para Alfredo Peres, diretor do Departamento Nacionalde Trânsito (Denatran) e presidente do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), é preciso melhorar a fiscalização para evitar um número grande de veículos circulando nas cidades de forma irregular, prejudicando a arrecadação de recursos para o setor.“Trinta por centodos veículos que transitam no país estão irregulares. É muito dinheirode proprietários que não pagam pelo congestionamento e pela falta demobilidade que causam, além da poluição ao meio ambiente”, disse.