Embratel explica que rompimento de cabos ópticos afetou clientes e controle aéreo

01/09/2009 - 20h04

Alex Rodrigues
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O rompimento de dois cabos ópticos da Embratel, hoje (1º), impediu que parte dos moradores das cidades de Brasília, do  Rio de Janeiro e de Ribeirão Preto (SP) fizessem ligações interurbanas usando o código da empresa.

Além do inconveniente causado aos clientes, os problemas com a rede da Embratel afetaram também os canais de comunicação do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta 1), sem maiores prejuízos à aviação comercial, segundo informações divulgadas pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

De acordo com a Embratel, o problema só atingiu os clientes da empresa porque, além do rompimento de um cabo óptico no município de Sertãozinho, no interior paulista, o cabo alternativo para o qual as ligações poderiam ser transferidas também foi avariado. Os dois incidentes ocorreram em um curto espaço de tempo.

O cabo principal foi atingido por uma escavadeira da prefeitura de Sertãozinho. Já a fibra óptica alternativa foi danificada por um caminhão, nas obras de duplicação de uma rodovia que corta a cidade de Sete Lagoas (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte (MG). O problema foi resolvido por volta das 15h.

Em nota, a Aeronáutica informou que as frequências de rádio do Cindacta 1 foram “degradadas” entre as 11h15 e 11h42 de hoje. Em função disso, por razões de segurança, parte dos voos sob a responsabilidade dos controladores do Cindacta 1 foi suspensa. Responsável por monitorar quase 45% do tráfego aéreo nacional, o centro responde por parte dos estados de São Paulo, do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, além do Distrito Federal.

De acordo com a Infraero, o problema não chegou a causar transtornos nos aeroportos de Congonhas e de Guarulhos, em São Paulo. Em seu site, a estatal informa que, até as 17h, apenas 112, ou 7,4%, dos 1.511 voos programados, haviam sofrido atrasos de mais de meia hora e 51, ou 3,4%, tinham sido cancelados.

Ao longo de todo o dia, Congonhas registrou 10,7% de atrasos e 7,7% de cancelamentos. Guarulhos, 13,1% de atrasos e 3,8% de cancelamentos. No Rio de Janeiro, o Galeão teve 2,4% de atrasos e nenhum cancelamento, enquanto o Santos Dumont registrou 0,9% de atrasos e 3,7% de cancelamentos. Em Brasília, os percentuais foram, respectivamente, 10,3% e 1,7%. Já em Belo Horizonte, o Aeroporto da Pampulha contabilizou 10,7% de atrasos e nenhum cancelamento, enquanto o Tancredo Neves somou 10% de atrasos e 2,9% de cancelamentos.