Anvisa proíbe comércio e importação de cigarro eletrônico

31/08/2009 - 10h18

Christina Machado
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A AgênciaNacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiuformalmente o comércio e a importação do cigarroeletrônico, dispositivo eletrônico usado para simular oato de fumar. A resolução publicada no DiárioOficial da União de hoje (31) é resultado dedecisão tomada em reunião da Anvisa na últimaterça-feira (25).A proibiçãode produtos que se apresentem como alternativa ao tratamento dotabagismo é válida para todo o país e levou emconsideração a falta de comprovaçãocientífica sobre a eficácia e segurança doproduto. O cigarro eletrônico nunca teve registro no país.Depois de uma consulta pública, que contou com a participaçãode órgãos de defesa do consumidor, a Anvisa decidiupela proibição.O cigarro eletrônicoé invento da empresa chinesa Golden Dragon Group, comoalternativa ao tabagismo. Formado por um inalador, um cartucho, umchip e uma bateria recarregável, tem aparênciasemelhante ao cigarro convencional e emite um vapor nãoprejudicial à saúde. Mas em análise realizadapela Organização Mundial da Saúde, descobriu-sediversas substâncias tóxicas envolvidas em suafabricação o que levou a organização aaconselhar sua proibição.De acordo com estudosrealizados pela FDA, agência equivalente à Anvisa osEstados Unidos, os dispositivos do cigarro eletrônico são1,4 mil vezes menos cancerígenos do que o cigarroconvencional, mas contém diversos produtos químicos quepodem trazer danos à saúde, como o nitrosamina edietilenoglicol, substâncias cancerígenas que servempara dar sabor ao fumo. Por isso, o cigarro eletrônico tambémestá proibido nos Estados Unidos.