Ministra Cármen Lúcia vota pela abertura de ação penal contra Palocci

27/08/2009 - 20h08

Marco Antonio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A ministra do SupremoTribunal Federal (STF) Cármen Lúcia divergiu do presidente daCorte, Gilmar Mendes, e votou pela abertura de ação penal contrao deputado federal e ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci (PT-SP), acusado da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dosSantos Costa e da divulgação indevida dos dados, em 2006.Cármen Lúciaconsiderou suficientes para abrir a ação penal os indíciosapontados Ministério Público Federal (MPF) contra Palocci, o ex-presidente da Caixa Econômica Federal Jorge Mattoso - que teriainformado ao ex-ministro sobre uma movimentação atípica na contabancária do caseiro – e o jornalista Marcelo Netto, ex-assessorde imprensa do Ministério da Fazenda , apontado como responsávelpelo vazamentos dos dados bancários de Francenildo para a revistaÉpoca.O MPF relatou nosautos que, em 16 de março 2006, data da violação do sigilobancário do caseiro, Palocci e Netto “tiveram numerosos contatosentre si, o que não era usual,” revelados pela quebra do sigilotelefônico de ambos e, posteriormente, marcaram um encontro comMattoso, cientes dos dados que ele teria sobre o caseiro. Tais dadosforam divulgados pela revista Época em 17 de março.O sigilo bancário deFrancenildo foi violado após ele ter dado declarações à ComissãoParlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos dizendo que Palocci seencontrava com lobistas de Ribeirão Preto em uma mansão em áreanobre de Brasília. O ministro Eros Grauseguiu Mendes e votou pelo arquivamento do processo contra Palocci eNetto e pela abertura de ação penal contra Jorge Mattoso.