Meta da Política Nacional de Saúde do Homem é que 2,5 milhões usem serviço de saúde

27/08/2009 - 11h00

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Ameta da Política Nacional de Saúde do Homem éque 2,5 milhões de brasileiros com idade entre 20 e 59 anosprocurem o serviço de saúde pelo menos uma vez ao ano.O pacote de medidas, lançado hoje (27) pelo Ministérioda Saúde, prevê o aumento de até 570% narealização de procedimentos urológicos e deplanejamento familiar, como a vasectomia.Dadosdo ministério revelam que as brasileiras são submetidas ao dobro de cirurgias de esterilizaçãoem comparação aos homens. O número delaqueaduras, por exemplo, passou de 58.397 para 61.747 de 2007 para2008. No mesmo período, as vasectomiascaíram de 37.245 para 34.617.Aestratégia do plano é superar obstáculosque impedem os homens de frequentar os consultórios médicos.Na maioria das vezes, segundo o ministério, eles sóprocuram o serviços de saúde quando a doença jáestá em estágio avançado. “Emvez de serem atendidos no posto de saúde, eles precisamprocurar um especialista, o que gera maior custo para o SUS [SistemaÚnico de Saúde]”, afirma a pasta em nota.

Oministério alerta que a não adesão dos homens àsmedidas de saúde integral leva ao aumento de doenças etambém da mortalidade. Do total de mortes na faixa etáriade 20 a 59 anos, 68% são de homens. Isso significa que, a cada trêsadultos que morrem no Brasil, praticamente  dois são  do sexo masculino.Númerosdo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que, embora a expectativa de vida dos homens tenhaaumentado de 63,2 para 68,9 anos de 1991 para 2007, ainda é 7,6 anos abaixo da média das mulheres.

APolítica Nacional de Saúde do Homem vai receber uminvestimento total de R$ 613,2 milhões até 2011 – R$105,6 milhões em ações paraaumentar o número de vasectomias, de ultrassonografia depróstata e de cirurgias para doenças do trato genitalmasculino.