Advogado de caseiro diz que processo no STF envolve lados desiguais

27/08/2009 - 18h07

Marco Antonio Soalheiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oadvogado do caseiro Francenildo dos Santos Costa, Wlício Nascimento,lamentou a decisão dos ministros do Supremo tribunal Federal (STF) denegar a ele o direito à sustentação oral no julgamento da denúnciaprotocolada pelo Ministério Público Federal (MPF), em março de 2006,  pela quebra dosigilo bancário do caseiro.A denúncia foi apresentada contra o deputado federal e ex-ministro da Fazenda AntonioPalocci (PT-SP), o ex-presidente da Caixa Econômica Federal JorgeMattoso e o jornalista Marcelo Netto, ex- assessor de imprensa doMinistério da Fazenda. O STF está analisando hoje (27) se abrirá ação penal ouarquivará o processo contra os acusados. Segundo Nascimento, ojulgamento contrapõe forças desiguais. O caseiro está presente noplenário do tribunal usando um terno emprestado pelo advogado e sapatos com meias esportivas. “Esse julgamento tem uma simbologia porenvolver, de um lado, um pessoa frágil economicamente e, de outro, trêspessoas reconhecidas e credenciadas”, disse o advogado de Francenildo. Aolembrar que há risco de extinção do processo, até mesmo por um acordopara prestação de serviços proposto pelo MPF aos denunciados,Nascimento argumentou que os ministros do STF poderiam ter  “ouvido a vítima, que ainda não se pronunciou para a Justiça, para saber os sentimentos dele e com o que ele poderia contribuir”. Ojulgamento foi retomado há pouco, após intervalo. Serão feitas assustentações orais dos advogados de Palocci, Mattoso e Netto, para que,depois os ministros votem sobre o recebimento ou arquivamento dadenúncia do MPF.