Em áreas com circulação do vírus, tratamento não deve esperar confirmação laboratorial, diz OMS

21/08/2009 - 20h35

Da Agência Brasil

Brasília - A Organização Mundial da Saúde (OMS) pede que, em áreasonde o vírus Influenza H1N1 esteja circulando na comunidade, médicos que atendampacientes com sintomas parecidos aos da influenza A (H1N1) - gripe suína - assumam que o vírusda pandemia é o causador. Segundo a organização, decisões com relação ao tratamento não devem esperar aconfirmação laboratorial da infecção pelo vírus. Parapacientes que apresentem a forma severa da doença ou cujacondição comece a piorar, a OMS recomenda o tratamento com o osetalmivir omais rápido possível. Pacientes saudáveis sem agravamento da doença nãoprecisam ser tratados com esse antiviral. O medicamento, quandoprescrito corretamente, pode reduzir significativamente o risco de pneumonia (aprincipal causa de mortes para a pandemia e para a influenza sazonal) e anecessidade de internação. AOMS recomenda que mulheres grávidas com a nova gripe recebam o tratamento deosetalmivir o quanto antes. Para crianças, a organização recomenda o tratamentoantiviral para aquelas com quadro grave ou com risco dedoença mais grave. Para crianças saudáveis, com idade superior a 5 anos,não é necessário dar tratamento antiviral a menos que a doença persista ou seagrave.Énecessário atenção à progressão da doença, como ela pode ser muito rápida ummédico deve ser procurado quando qualquer um dos seguintes sinais aparecer emuma pessoa com suspeita ou confirmação de infecção pela influenza A (H1N1) - gripe suína: dificuldade emrespirar; falta de ar, expectoração com sangue; dor no peito; estado mentalalterado; febre alta que persista mais de três dias; pressão arterial baixa. Emcrianças os sinais de perigo incluem respiração rápida ou difícil, falta deatenção, dificuldade em acordar, e pouca ou nenhuma vontade de brincar.No mundo, cerca de 40% dos casos graves estãoocorrendo em crianças previamente saudáveis e adultos, geralmente abaixo de 50 anos. Até o dia 13 de agosto, a doença já havia atingido 182.166 pessoas, incluindo 1.799 mortes, de acordo com a OMS.