BNDES repassa R$ 25 bilhões em títulos da dívida pública para a Petrobras

20/08/2009 - 16h42

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Depois de receber R$ 25 bilhões em títulosda dívida pública no último mês, o Banco Nacional deDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) repassou os papéis àPetrobras, informou há pouco o coordenador-geral de Operações daDívida Pública, Fernando Garrido.Segundo ele, o banco temliberdade para usar os recursos da forma que entender. Por causa derelações contratuais, o BNDES resolveu transferir os R$ 25 bilhõespara a Petrobras."O BNDES fez um contrato de financiamento com a Petrobras e havia uma lei específica autorizando esse financiamento de desse por meio de repasse de títulos federais. Foi isso que se observou em julho", explicou o coordenador.A estatal do setor petrolífero terá de devolver odinheiro, mas Garrido não explicou se haverá pagamento de juros nemo prazo em que o banco terá de ser reembolsado.A emissão deR$ 25 bilhões foi a terceira parcela do empréstimo de R$ 100bilhões para reforçar o capital do BNDES. A primeira parcela, de R$13 bilhões, foi recuperada pelo Tesouro,0 porque os títulos foramemitidos com prazo de resgate para o dia seguinte. Os títulos dasegunda parcela, de R$ 26 bilhões, estão em poder do banco, quepode vender os papéis no mercado e embolsar o dinheiro conforme asnecessidades.Anunciado no final de janeiro, o empréstimopara o BNDES teve como objetivo reforçar o capital do banco eampliar a concessão de crédito para investimentos no setorprodutivo. A medida faz parte do pacote de estímulo à economia emmeio à crise financeira internacional, que contraiu o crédito emtodo o mundo.O Tesouro Nacional também anunciou que renegociou US$ 3,6 bilhões em dívidas com o Banco Mundial (Bird) e com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A operação, segundo a equipe econômica, provocará economia de US$ 77,56 milhões no pagamento de juros pelo governo brasileiro.Por causa de um aditivo nos contratos, o Brasil conseguiu redefinir as taxas de juros. Uma parcela da dívida, que totalizava R$ 522 milhões com o Bird e R$ 3,1 bilhões com o BID, era corrigida por taxas de juros flutuantes. Agora, toda a dívida será indexada a taxas de juros predefinidas.