Primeiro Fundo Garantidor de Investimentos ganha adesão de oito agentes financeiros

17/08/2009 - 20h01

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Os representantes do Banco do Brasil,da Caixa Econômica Federal, do Bradesco, Itaú,Santander, da Caixa RS, do BRDE e InvestRio assinaram hoje (17) omemorando de adesão ao primeiro Fundo Garantidor paraInvestimentos (BNDES FGI).

Os FGIs foram criadospela Medida Provisória 464, de junho deste ano, como entidadesde natureza privada, ou seja, com patrimônio próprio.Segundo o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES), isso significa que o fundo não estará sujeitoa contingenciamento orçamentário, o que o torna maisflexível. “Ele é um fundo público de naturezaprivada, o que significa que não é passível decontingenciamento”, disse o vice-presidente do BNDES, ArmandoMariante.

O BNDES FGI entraráem operação no fim deste mês, com recursosiniciais de R$ 680 milhões, dos quais R$ 580 milhõesoriundos do Tesouro Nacional e R$ 100 milhões do BNDES. “Comose espera uma alavancagem de até 12 vezes, nós estamosfalando de algo em torno de R$ 8 bilhões (em empréstimos),que é um montante bastante expressivo para um primeiromovimento, sobretudo tratando-se de MPEs (micros e pequenasempresas)”, afirmou.

O novo fundo facilitaráo acesso ao crédito pelas micro, pequenas e médiasempresas. Ele oferecerá garantias para financiamento, também,a caminhoneiros autônomos e microempreendedores individuais,ambos pessoas físicas.

Para repassar o dinheiro do fundo, os agentes financeiros terão de aportarrecursos equivalentes a 0,5% do valor das garantias que pretendemcontratar, explicou Mariante. Significa que para emprestar R$ 100milhões, por exemplo, deverão ser aportados pelo agenteR$ 500 mil.

O BNDES FGI éoperado pelo BNDES e tem como essência a transferência dorisco de crédito da empresa para si próprio, informou ovice-presidente do banco. Ele explicou ainda que o fundo “garante aeventual inadimplência de uma empresa que obteve créditodo BNDES”.

O novo fundo vaigarantir até 80% do risco de crédito de operaçõesde repasse do banco às micro e pequenas empresas, com um customáximo de 0,15% ao mês. Dessa forma, o BNDES contribuipara eliminar um dos principais entraves ao financiamento àsempresas de pequeno porte, que é a dificuldade de apresentaremgarantias.