Associação pode se transformar na Febraban dos bancos públicos, diz presidente eleito

14/08/2009 - 8h01

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O presidente eleito da Associação Brasileira das Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE), Maurício Chacur, disse que pretende fortalecer a marca da entidade, para que ela seja “conhecida e reconhecida” como representativa das instituições financeiras públicas de desenvolvimento do país.

Ele admitiu a intenção de transformar a ABDE em entidade similar à Federação Brasileira de Bancos (Febraban),  no segmento dos bancos públicos federais e estaduais e agências de fomento. “Existe essa intenção, porque acreditamos que temos muito a contribuir com o desenvolvimento do país”.

A capilaridade e o atendimento ao público na ponta conferem ao setor  um  conhecimento específico das dificuldades existentes para o trabalho. “A gente acha que pode trazer esse conhecimento específico para  um debate, por exemplo, sobre a reforma tributária e outras questões que tenham impacto no desenvolvimento econômico”, disse Chacur. “Nesse sentido é que a gente se enxerga como a Febraban dos bancos e agências públicos”.

O presidente eleito da ABDE quer também ampliar o relacionamento com o Banco Central e com os governos federal e estaduais. “A gente pretende que todos os governos estaduais tenham a sua agência de fomento”.

Entre suas metas está a de levar aos associados uma gestão mais técnica e profissional, que seja compartilhada, com indicadores de resultados. Com processos comuns a todos os bancos de desenvolvimento, o objetivo é aumentar a qualidade, reduzir custos e dar mais agilidade ao trabalho.

Chacur pretende ainda estudar, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a possibilidade de a instituição ajudar as agências e bancos públicos com capitalização,  para que ampliem sua atuação.

 Ele citou, como exemplo, a Investe Rio,  agência de fomento do estado do Rio, da qual é presidente. Com capital inicial de R$ 4 milhões, a Investe Rio recebeu no atual governo fluminense recursos de R$ 30 milhões. Hoje, a agência já está com R$ 100 milhões  de capital e quase R$ 500 milhões de projetos em carteira. “Capital é fundamental para a gente crescer”.A ABDE tem hoje 25 associados, sendo cinco organismos federais (BNDES, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Finep e Sebrae),  três  bancos regionais de desenvolvimento (Banco da Amazônia, BNB e BRDE), dois bancos estaduais de desenvolvimento puros (Bandes e BDMG),  um banco estadual de desenvolvimento misto (Banpará), um  banco cooperativo (Bansicredi) e 13 agências de fomento (Afal, Afap, Afeam, Aferr, AGN, Badesc, CaixaRS, Desenbahia, FomenTO, GoiásFomento, Investe Rio, MT Fomento e Nossa Caixa Desenvolvimento).