Lula volta defender mais redução da taxa básica de juros

12/08/2009 - 23h16

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a defender hoje(12) uma maior queda da taxa básica de juros, ao afirmar que é possível reduzir mais. “Temos o menor patamar dejuros da nossa história, é desejável e possível cortar ainda mais”,disse Lula ao ser homenageado com o Grande Colar da Ordem do MéritoIndustrial pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em sessãocomemorativa dos 71 anos da entidade.Na presença de ministros, empresários e alunos do Senai, Lula também destacou o potencialexportador do país com a descoberta do pré-sal e garantiu que “o ciclo deajuste de nossa economia foi concluído”. Na avaliação do presidente, ascurvas do emprego e da atividade industrial sinalizam uma retomada docrescimento neste segundo semestre. Lula também afirmou que háperspectiva de aumento das exportações industriais ainda este ano.No começo da cerimônia,o presidente da CNI, deputado Armando Monteiro Neto, justificou ahomenagem ao presidente afirmando que os elos de Lula com a indústriasão antigos, desde a formação como torneiro mecânico peloSenai, nos anos seguintes como metalúrgico e na atuação como líder sindical, que “assustava setores doempresariado nos anos 70 e80”.“Aabertura ao diálogo marcou sua história e, no presente, se consolidoucomo característica de seu governo”, afirmou o presidente da CNI,frisando que a indústria entrou no foco das ações do governo. “Com umaagenda de preservação dos fundamentos macroeconômicos e de inovaçãosocial, o Brasil se diferenciou. Confiou confiança interna etransformou-se em exemplo para a América Latina e o mundo”, disse Monteiro Neto.O presidente da CNI falou sobre as dificuldades de fazer a reforma tributária, mas ressaltou a capacidade do presidente Lula para solucionar os problemas que tiram a competitividade do setor produtivo nacional. “Sabemos que uma reformatributária ampla enfrentará problemas. Mas Vossa Excelência temcondições plenas de acabar com aspectos perversos daanticompetitividade brasileira, como a acúmulo de créditos dasexportações e a taxação dos investimentos”, disse Monteiro Neto.“Avanços parciais ocorreram. É hora de completá-los”,  afirmou.