Para Itamar Franco, o candidato tucano a presidente em 2010 será Aécio Neves

12/08/2009 - 18h04

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ex-presidente da República Itamar Franco disse que já tem candidato a presidente para o próximo ano. Em entrevista ao programa 3 a 1, da TV Brasil, que vai ao ar hoje (12) às 22h, Itamar disse que seu candidato é o atual governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB).Itamar, que  recusou  a sugestão de Fernando Henrique Cardoso de nomear José Serra como ministro da Fazenda em 1993, não chegou a descartar a hipótese de apoiar Serra, caso o governador de São Paulo seja o nome dos tucanos na disputa pelo Planalto.“Eu posso recusar alguém para ser ministro, mas se o povo não recusá-lo para ser presidente da República, é outra coisa. Eu acho que hoje, no PSDB, só há um candidato, que é o Aécio. Há poucos dias, na cidade de Mariana, o Aécio de público fez uma despedida dizendo: eu estou aqui pela última vez, porque vou me desincompatibilizar para ser candidato”, contou no programa da TV Brasil.Em relação a Serra, Itamar diz não sentir a mesma firmeza no propósito de se candidatar. “O que o Serra diz hoje? Eu não se sou candidato. Ele ainda vai pensar. Ele não sabe, o outro já disse que é”, analisou.Ele acredita do governo que a candidata será mesmo a atual ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff. “Não adianta dizer que não é candidata. Ela é candidata. O governo já a colocou como candidata. Ela vai dar trabalho”, comentou. O ex-presidente ainda avaliou que o possível crescimento de Dilma em pesquisas internas se deve mais ao fato da oposição brasileira não ter ainda definido um rumo a tomar. “A oposição terá que estudar para debater com essa ministra. Ela domina bem o campo energético brasileiro, tem conhecimento do Brasil. Por que ela está avançando? Porque a oposição brasileira não tem norte. Qual é no norte da oposição? Não vejo. A oposição brasileira está com a bússola descompensada. Ela ainda não encontrou o seu rumo”, disse o ex-presidente, filiado ao PPS.Itamar considerou ainda que os arranjos políticos regionais é que darão o tom das próximas eleições, em detrimento das alianças formadas no plano nacional. "Pode-se ter uma composição nacional e uma composição diferente nos estados. Os partidos, que já não eram nacionais vão passar a ser ainda mais partidos regionais”, explicou.